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 Antipsicótico Atípicos II (Socian, Clopixol)

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Edson
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Edson


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MensagemAssunto: Antipsicótico Atípicos II (Socian, Clopixol)   Antipsicótico Atípicos II (Socian, Clopixol) Icon_minitimeSeg 20 Out 2008, 18:44

AMISULPRIDA

SOCIAN

A amissulprida, benzamida modificada de recente desenvolvimento na Europa, ganhou status de atípico ao demonstrar, em doses baixas (50mg a 150mg/dia), ação sobre sintomas negativos e afetivos secundários de esquizofrênicos crônicos, além de baixo risco de efeitos motores extrapiramidais nos ensaios clínicos, confirmado, por achados de seletividade límbica, ausência da up-regulation estriatal e propriedades de agonismo dopaminérgico nos experimentos com animais in vivo e in vitro.

Ao contrário de outra benzamída, a remoxiprida, a amissulprida não esteve relacionada à ocorrência de anemia aplástica ou de outras discrasias sangüíneas. Embora em uso clínico corrente como antipsicótico em grande parte da Europa e no Brasil, a amissulprida ainda não foi licenciada para os EUA.

Sua classificação plena como atípico permanece questionável pela constatação de bloqueio dopaminérgico clássico nas faixas de doses maiores (acima de 200mg/dia), com registro de efeitos extrapiramidais e elevações duradouras da prolactina.

Entretanto, ainda recentemente, em outubro passado, ensaios clínicos duplo-cegos randomizados foram reunidos em revisão sistemática metanalitica conduzida por autores alemães da Universidade de Munique, que confirmaram seu padrão atípico na clínica.

Propriedades
A Amisulprida é um neuroléptico pertencente à classe das benzamidas substituídas, que se caracteriza por rapidez de ação e por objetivo terapêutico bipolar, também com atividade sobre sintomas psicóticos, tanto sobre os chamados sintomas produtivos (alucinação e delírio) quanto os chamados sintomas negativos (apatia, desinteresse...).
Após administração oral da Amisulprida, sua concentração plasmática máxima é atingida em 3,7 horas, sendo sua biodisponibilidade na ordem de 36%.

O volume de distribuição varia de 9 a 16 l/kg. A Amisulprida é eliminada pela urina, principalmente sob forma inalterada; o principal metabólito (um derivado N-óxido) representa de 4 a 10% da quantidade total eliminada. No decurso das primeiras 24 horas a eliminação é rápida (meia-vida de 2 a 3 horas), representando 80 a 98 % da quantidade total eliminada. Após 24 horas, a eliminação se torna mais lenta, com uma meia-vida de 12 a 19 horas. O clearance renal é de cerca de 300 ml/min.

Indicações
Na dose de 50 a 100 mg/dia a Amisulprida é considerada um Ativador Dopaminérgico, portanto, indicada nos estados deficitários e produtivos conseqüentes à transtornos mentais, mais precisamente em estados depressivos caracterizados por extrema apatia.

Na dose de 400 à 1200 mg/dia a Amisulprida é um neuroléptico pertencente à classe das benzamidas substituídas e que se caracteriza por seu perfil terapêutico sobre sintomas psicóticos tanto produtivos quanto deficitários.

Precauções
Em caso de hipertermia, é imperativo suspender o tratamento, uma vez que este sintoma pode ser um dos elementos da síndrome maligna (caracterizada por palidez, hipertermia e distúrbios vegetativos), descrita com o uso de neurolépticos. Esta precaução deve ser observada sobretudo nos casos onde o produto é empregado em doses altas. O efeito sedativo dos neurolépticos pode alterar a vigilância e tornar perigosa a condução de veículos ou a operação de máquinas.

O emprego da Amisulprida deve ser cauteloso em pacientes idosos, devido ao risco de uma maior sensibilidade. Em virtude da eliminação urinária do produto, é prudente reduzir a posologia e promover tratamentos descontinuados em presença de insuficiência renal grave. Faz-se necessário acompanhamento rigoroso quando do uso em pacientes epilépticos, em vista da possibilidade de abaixamento do limiar epileptogênico.

Evitar o uso em parkinsonianos, a menos que o tratamento com neurolépticos mostre-se indispensável. A Amisulprida não deve ser administrada em pacientes com suspeita de feocromocitoma sem um controle médico rigoroso. Bebidas alcoólicas são fortemente desaconselhadas durante tratamento com a Amisulprida.

Interações medicamentosas
A associação com levodopa é desaconselhada em razão do antagonismo recíproco existente entre a levodopa e os neurolépticos. Acredita-se poder a Amisulprida potencializar a ação de hipotensores, anti-hipertensivos e depressores do sistema nervoso central, tais como hipnóticos, tranqüilizantes, anestésicos, analgésicos, etc.

Gravidez e lactação
A Amisulprida pode provocar reações típicas dos neurolépticos, em particular:
Sedação, Discinesias precoces (torcicolo espasmódico, crises oculógiras, trismo), que cedem com a administração de um antiparkinsoniano anticolinérgico;
Discinesias tardias, que podem ser observadas com todos os neurolépticos durante tratamentos prolongados. Nestes casos, os antiparkinsonianos anticolinérgicos são desprovidos de ação, podendo inclusive provocar um agravamento do quadro.

Reações Vegetativas
Com doses elevadas, pode ocorrer hipotensão moderada, ainda que raramente.

Variados
Amenorréia, galactorréia, ginecomastia, hiperprolactinemia, ganho de peso.

Doses
Como antipsicótico a posologia deve ser ajustada pelo médico segundo o caso clínico e o estado do paciente. Amisulprida 200 mg é particularmente adaptado ao tratamento dos estados produtivos. Nas síndromes psicóticas produtivas, o esquema terapêutico preconizado é de 600 a 1200 mg ao dia.

De forma a possibilitar diferentes regimes de administração, os comprimidos de Amisulprida 200 mg são sulcados.
Como ativador dopamínico e antidepressivo Amisulprida deve ser usado 50 mg (1 comprimido) ao dia, no café da manhã, ou a critério médico.

SOCIAN® (SYNTHELABO)
Comp. de 20 e 200 mg. de Amisulprida.

ZOCLUPENTIXOL

CLOPIXOL

Indicações
Esquizofrenias aguda e crônica e outras psicoses, especialmente com sintomas como alucinações, delírios, distúrbios do pensamento, assim como agitação, inquietação, hostilidade e agressividade. Fase maníaca da psicose maníaco-depressiva. Retardo mental associado com hiperatividade motora, agitação, violência e outros distúrbios do comportamento. Demência senil com idéias paranóides, confusão e/ou desorientação ou distúrbios do comportamento.

Contra-indicações
Intoxicações agudas por álcool, barbitúricos ou opiáceos, estados comatosos.

Precauções
Zoclupentixol não deve ser ingerido com bebida alcoólica ou barbitúricos. Pacientes em terapia por longo prazo devem ser acompanhados cuidadosamente. O tratamento não deve ser interrompido abruptamente.

Zoclupentixol deve ser usado com precaução em pacientes com desordens convulsivas, doença hepática ou cardiovascular avançada. Preferivelmente, Zoclupentixol não deve ser usado durante a gravidez e a lactação.

Efeitos sobre atividades que requeiram atenção: A capacidade de dirigir automóveis ou de operar máquinas pode ser afetada. Portanto, deve-se tomar cuidado, sobretudo no início do tratamento até que todas as reações individuais do paciente sejam conhecidas.

Interações medicamentosas
Zoclupentixol pode aumentar a resposta ao álcool e aos efeitos dos barbituratos e outros depressores do SNC. Zoclupentixol não deve ser usado concomitantemente com a guanetidina ou compostos de ação similar, já que os neurolépticos podem bloquear o efeito anti-hipertensivo destes compostos.

Zoclupentixol reduz o efeito da levodopa e das drogas adrenérgicas. O uso concomitante da metoclopramida e piperazina aumenta o risco de sintomas extrapiramidais.

Reações adversas
Neurológicas: Podem ocorrer sintomas extrapiramidais, especialmente durante as fases iniciais do tratamento. Na maioria dos casos, estes efeitos colaterais podem ser controlados satisfatoriamente através da redução da dose e/ou uso de substâncias antiparkinsonianas.

O uso profilático de rotina de medicação antiparkinsoniana não é recomendado. A discinesia tardia pode ocorrer muito ocasionalmente em pacientes submetidos a tratamento de longo prazo.

As drogas antiparkinsonianas não aliviam estes sintomas. Recomenda-se redução da dose ou, se possível, a interrupção da terapia.

Psíquicas: Sonolência inicialmente.

Autonômicas e cardiovasculares: Boca seca, distúrbio de acomodação, distúrbio da micção, constipação, taquicardia, hipotensão ortostática e vertigens.

Hepáticas: Podem ocorrer alterações leves e transitórias dos testes de função hepática.

Posologia
Adultos: A dose deve ser ajustada individualmente de acordo com a condição. De modo geral, deve-se iniciar com uma dose pequena e aumentá-la até alcançar um efeito ótimo tão rápido quanto possível, com base na resposta terapêutica.

Para esquizofrenia aguda e outras psicoses agudas, estados de agitação aguda graves, mania:
Tratamento via oral: Usualmente 10-50 mg/dia. Em casos moderados a graves iniciar com 20 mg/dia e aumentar, caso necessário, 10 a 20 mg, a cada 2-3 dias até 75 mg ou mais por dia.

Para esquizofrenia crônica e outras psicoses crônicas:
Tratamento via oral: Dose de manutenção de 20-40 mg/dia.

Agitação em pacientes Oligofrênicos:
Tratamento via oral: 6-20 mg/dia; se necessário, aumentar para 20-40 mg/dia.

Agitação e confusão em pacientes senis:
Tratamento via oral: 2-6 mg/dia (de preferência administrar no final do dia). Se necessário, aumentar para 10-20 mg/dia. Obs.: A administração pode ser feita em dose única ou dividida, a critério médico.

Superdosagem
O conjunto dos seguintes sintomas pode indicar superdosagem: sonolência, coma, sintomas extrapiramidais, convulsões, hipotensão, choque, hipo ou hipertermia. Conduta na superdosagem: Tratamento sintomático e de suporte. Deve-se fazer lavagem gástrica, tão rápido quanto possível, após a ingestão oral.

Administrar carvão ativado. Instituir medidas de suporte dos sistemas respiratório e cardiovascular. Não se deve utilizar epinefrina (adrenalina), pois pode resultar em redução ainda maior dos níveis tensionais. Convulsões podem ser tratadas com diazepam e os sintomas extrapiramidais com biperideno.

Recomendações especiais: A síndrome neuroléptica maligna (SNM) é uma complicação rara, porém potencialmente fatal, ao uso de substâncias neurolépticas. Os sinais cardinais da SNM são: hipertermia, rigidez muscular e flutuação do nível de consciência, associados a disfunção autonômica (pressão sangüínea lábil, taquicardia, sudorese). Além de imediata interrupção da medicação neuroléptica, são vitais a instituição de medidas de suporte geral e tratamento sintomático.

CLOPIXOL® - (Schering-Plough)
Comprimidos de 10 mg e 20 mg
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