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 antipsicóticos Atípicos I

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MensagemAssunto: antipsicóticos Atípicos I   antipsicóticos Atípicos I Icon_minitimeSeg 20 Out 2008, 18:40

Antipsicóticos Atípicos ou de 2a. Geração
Incluído em 18/02/2005

Entre 1910 e 1920 praticamente não havia terapêutica para a esquizofrenia e que somente 20% dos pacientes, aproximadamente, apresentavam algum tipo de melhora. Em 1930 surge o primeiro tratamento biológico para essa psicose, a eletroconvulsoterapia.

Através desse tratamento foi possível alcançar pouco mais de 30% de resposta terapêutica. Mas foi somente nas décadas de 50 e 60 que chegam os primeiros antipsicóticos, chamados então de primeira geração, hoje conhecidos como "convencionais".

A clorpromazina (Amplictil®)foi descoberta em 1957 e o haloperidol (Haldol®) em 1959. Com esses medicamentos foi possível alcançar mais de 60% de melhora, aumentando significativamente as chances de pacientes com esquizofrenia se ressocializarem e deixarem os manicômios.

Em 1990 surgem os antipsicóticos de segunda geração, que trouxeram uma nova perspectiva para o tratamento da doença. A clozapina (Leponex®), considerada o primeiro antipsicótico de segunda geração (ou atípico) foi descoberta em 1970 mas, devido ao problema da agranulocitose, aparece no mercado somente em 1988, sendo aprovada para uso nos Estados Unidos em 1990 e no Brasil em 1992.

Logo, outros antipsicóticos de segunda geração entram no mercado, para alívio dos milhões de esquizofrênicos. A risperidona foi lançada em 1994, a olanzapina em 1996, a quetiapina em 1997 e a ziprasidona no ano 2000.

Os neurolépticos atípicos, ou de 2a. geração, não podem ser classificados de sedativos ou incisivos tendo em vista a diversidade de ação, ora cumprindo um objetivo, ora outro.

Esses novos medicamentos tem se mostrado um novo e valioso recurso terapêutico nas psicoses, principalmente naquelas refratárias aos antipsicóticos tradicionais, nos casos de intolerância aos efeitos colaterais extra piramidais, bem como nas psicoses predominantemente com sintomas negativos, onde os antipsicóticos tradicionais podem ser ineficazes.

De forma ampla os Antipsicóticos Atípicos são definidos como uma nova classe desses medicamentos que causam menos efeitos colaterais extra-piramidais, ao menos em doses terapêuticas. Eles são os seguintes:
AMISULPRIDA Socian
CLOZAPINA Leponex
OLANZAPINA Zyprexa
QUETIAPINA Seroquel
RISPERIDONA Risperdal Zargus
ZUCLOPENTIXOL Clopixol (em breve)
ZIPRASIDONA Geodon


A utilidade dos antipsicóticos atípicos já é considerada um vitória recente na história da terapêutica das psicoses. Pesquisas sistemáticas estabelecem como sólida a superioridade dos Antipsicóticos Atípicos, como por exemplo, a clozapina, entre outros, frente aos antipsicóticos típicos ou convencionais.

E essa superioridade terapêutica não se vê apenas nas melhoras clinicas dos pacientes crônicos, ou na escassez de efeitos colaterais, mas também na prevenção das tão temidas recaídas.

Pelas diferenças em perfil clínico-terapêutico podemos classificar estes antipsicóticos de 2a geração, por ordem decrescente de atipicidade. Esta atipicidade é definida como: eficácia sobre sintomas negativos esquizofrênicos, baixo risco de sintomas extrapiramidais e ausência de elevação duradoura da prolactina. São classificados em pelo menos três níveis:

nível I - clozapina;
nível II - olanzapina, quetiapina, ziprasidona e;
nível III - risperidona, amissulprida.

Um dos efeitos colaterais mais temidos e ocasionados pelo uso prolongado de antipsicóticos é a Discinesia Tardia. Porém, afortunadamente, estudos com seres humanos e com animais através de técnicas de neuroimagem e exames histológicos já mostraram que doses repetidas dos antipsicóticos atípicos de segunda geração, em graus variáveis, induzem uma menor proliferação dos receptores dopaminérgicos no striatum, em comparação com os antipsicóticos típicos, fato este relacionado à menor probabilidade de Discinesia Tardia.
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